O almoço do primeiro dia de viagem foi em Morretes, no restaurante Madalozo, que fica junto ao rio Nhundiaquara que corta a cidade. Morretes, onde passa o trem que vai de Curitiba a Paranaguá,cresceu com o ciclo da erva-mate e é considerada capital agrícola do Paraná.
O prato típico da região é o Barreado. A história do Barreado é contada pelos divertidos senhores que servem no Madalozo. Um deles contou que, há mais de duzentos anos, os caboclos levavam produtos da lavoura até a vila e ficavam para almoçar. Geralmente era servida uma carne cozida que gostavam muito. Eles levaram a idéia do prato para as fazendas onde moravam, e sempre que os patrões iam ver as plantações, eles serviam a carne, toucinho e todos os temperos que tinham. Eles deixavam a carne cozinhar por mais de 12 horas em panela de barro. Dessa forma, a carne ficava mole, desmanchando. Para evitar que a carne secasse depressa, amarravam a boca da panela de barro com uma folha de bananeira e depois colocaram a tampa, a barreavam com um pirão de farinha de mandioca, cinza e água, o que deu origem ao nome “Barreado”.
Não deixe de pedir para o garçon fazer o seu prato, eles tem uma técnica toda especial e fazem o teste do Barreado. Veja na foto abaixo que a carne misturada com farinha na medida certa impede com que ela se desprenda do prato. O Barreado é uma delícia e ainda vem acompanhado de frutos do mar, arroz, banana e bolinhos. A mesa fica cheia!
Depois de aproveitar o almoço seguimos em direção a Travessia de Guaratuba onde chegamos a tempo de curtir e fotografar esse lindo pôr do sol.
O Barreado de Morretes.
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