O pessoal do São Camilo me mandou esse texto sobre o Ebola. Eu aproveitei e perguntei as orientações para quem vai viajar. Veja, é sempre bom estar informado.
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Ebola tem taxa de mortalidade de até 90%. Novo surto da doença chama a atenção das autoridades sanitárias em todo o mundo
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) não desaconselha viagens para a região afetada. Já o Itamaraty recomenda evitar as viagens para a região afetada.
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As medidas de proteção individual são a única forma de prevenir a infecção, e a OMS lembra a necessidade de cuidados básicos de higiene, e de evitar contato com animais selvagens e com pessoas suspeitas da serem portadoras da doença, além de se cozinhar bem os alimentos de origem animal.
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Durante a viagem, consulte o médico imediatamente em caso de sintomas como febre alta (súbita), dores musculares, de cabeça, de garganta ou abdominais, vômitos, diarreia, dores no peito e hemorragias.
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Caso os sintomas se desenvolvam ainda durante o voo de regresso, informe a tripulação imediatamente. O mesmo procedimento se aplica a viagens marítimas.
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A descoberta de novos casos de ebola deixou o mundo em estado de alerta. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), de março a agosto deste ano, já foram notificados 1.711 casos da doença. Até o momento, 932 pessoas vieram a óbito. Este é o maior surto de ebola já documentado e o primeiro que ocorre na África Ocidental, com casos já confirmados na Guiné, Libéria, Serra Leoa e Nigéria.
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“A ebola é caracterizada pelo aparecimento súbito de febre e mal-estar, acompanhado de outros sinais e sintomas inespecíficos, como dores musculares e de cabeça, vômito e diarreia. Pacientes com formas graves da doença podem desenvolver sintomas hemorrágicos e disfunção de múltiplos órgãos, incluindo dano hepático, insuficiência renal e comprometimento do sistema nervoso central, levando ao choque e à morte. A ebola é uma doença grave e tem uma taxa de mortalidade que varia de 40% a 90%”, revela o infectologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, José Ribamar Branco.
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De acordo com o especialista, o vírus da ebola não é transmitido por via respiratória, como a gripe, e não contamina a água e os alimentos. “O contágio acontece pelo contato direto com o sangue, fluidos corporais e tecidos de animais ou pessoas infectados. Mesmo após o falecimento do doente, a contaminação ainda é possível, pois o vírus sobrevive até dois dias fora do hospedeiro”, alerta.
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Embora seja uma doença grave, ainda não há um tratamento específico para a ebola. “Não foi desenvolvida uma vacina para prevenção da doença e, após o contágio, não é possível combater o vírus com medicamentos. A única maneira de evitar uma infecção e uma epidemia são medidas preventivas, como melhores condições de higiene pessoal e do ambiente, uso de luvas no cuidado com a pessoa infectada e a quarentena”, explica.
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Para evitar que a doença se espalhe para outros países e continentes, autoridades da vigilância sanitária fazem a identificação de pacientes suspeitos que deverão ser colocados em quarentena, nas fronteiras. Nenhum caso foi confirmado no Brasil, até o momento.
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Fonte: José Ribamar Branco, infectologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
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Agradeço o carinho da equipe do São Camilo em responder a minha questão sobre as viagens!