Faça você mesmo: veja como o isolamento interferiu na vida das pessoas. Por mais que o afastamento social tenha mostrado vulnerabilidades humanas e falhas comportamentais, também mostrou muita criatividade.
Neste período de afastamento social, o que mais se buscou foi fazer. Fazer para preencher o tempo, distrair. Contudo, mais do que isso: fazer porque é necessário, preciso. Assim, não admira que esta tenha sido a busca mais constante no Google nos últimos tempo, os tempos de pandemia.
Todavia, é fundamental reconhecer que não é de hoje esta propensão a criar. O ser humano por si só já se sente frequentemente em estado de criação. Por necessidade, instinto ou mesmo o puro ócio criativo. O Brasil é exemplo. Desde memes até grandes soluções para problemas cotidianos de quem leva uma vida com mais privações, diversas invenções surgem.
A internet mostra conteúdo suficiente para comprovar a criatividade deste povo. E talvez este seja apenas um período propício para mostrar essa característica.
O espírito produtor sempre presente na realidade do país, mas questões econômicas e até mesmo falta de alternativas, influenciaram. As reduções de jornada de trabalho comprometeram a renda, e a paralisação dos serviços não essenciais também.
A situação que deixou os donos de produtos e serviços inativos, interferiu na sobrevivência deles. Entretanto, também afetou a rotina das pessoas, que passaram a ser obrigadas a realizar tarefas nada familiares.
Para melhor compreensão, é preciso pensar nos fatores que estimularam este faça você mesmo, de que forma ele se mostrou. Bem como quais os reflexos desta situação no futuro tão próximo que chega a ser presente.
Os dados da rede como medidor para o comportamento “faça você mesmo”
Usando como referência o termo “como fazer”, a filosofia “do it yourself” (faça-você-mesmo) apresentou crescimento no Google. O conceito do termo se refere a construção, reparação e modificação das coisas sem supervisão de uma autoridade no assunto.
Foram 25 pontos na popularidade de buscas feitas neste intuito, entre 01 de janeiro e 05 de junho de 2020. Além das buscas, perfis também acabam sendo identificados. De acordo com a mesma pesquisa realizada, no Brasil, existem aproximadamente 30 milhões de pessoas interessadas em do it yourself.
Destas:
- 70% corresponde a mulheres;
- 30% correspondem a homens;
- A maioria entre 25 e 34 anos de idade;
- 55% são casados;
- 63% possuem nível superior.
Os “buscadores” de “como fazer” sem a ajuda de um especialista, principalmente neste período de quarentena, ainda se manteve constante.
Outras informações interessantes sobre o termo fazer
Apesar das variações diárias nos principais temas buscado, alguns predominaram. Notícias sobre vacinas, tratamentos, sintomas, decretos e auxílios governamentais influenciaram estas pesquisas de populares.
No geral, os principais termos que impactaram nas buscas dos brasileiros desde o começo da pandemia, foram:
- 1 o que fazer se estiver com coronavírus;
- 2 o que fazer em caso de suspeita de coronavírus;
- 3 o que fazer na quarentena;
- 4 o que fazer se estiver com sintomas de coronavírus;
- 5 o que fazer para aumentar a imunidade.
A partir disso, foi possível observar a compreensão de como surgiu o coronavírus, o que é coronavírus e quais seus impactos no Brasil. Bem como, a busca pela previsão do fim da pandemia no país e quando será o pico da doença no Brasil. E as tais respostas continuam, dentro deste contexto, nos principais canais de comunicação do país.
Com a repetição do termo “O que fazer”, buscou-se, então, no Google, as principais orientações referente aos sintomas do coronavírus Assim demonstrando uma maior preocupação com a infecção do vírus e com a identificação do COVID-19, como:
- Febre;
- Tosse;
- Cansaço;
- Dificuldade respiratória (casos graves);
- Perda de paladar;
- Descoloração de dedos dos pés e das mãos.
Veja nossa matéria de remédios naturais para dormir. Feita para quem tem medo de avião ela também serve para quem está em casa nesse momento.
Despertando a proatividade na quarentena
Receitas diversas, como da produção caseira de máscaras de proteção também aparecem nestas buscas. De acordo com as buscas principais ou mais frequentes e também em ascensão, habilidades culinárias tiveram destaque:
- 1 como fazer bolo;
- 2 como fazer arroz;
- 3 como fazer pão; (nós fizemos, veja o vídeo abaixo)
- 4 como fazer pipoca;
- 5 como fazer queijo.
Além disso, preocupações com a saúde e o risco de contaminação se destacaram nas buscas em ascensão. E isso levou à procura de métodos ou alternativas diversas também.
A busca por métodos caseiros de produção de máscara de tecido e álcool em gel são exemplo. Outras como procuras pelo auxílio emergencial do governo e o cadastro único também estão entre as principais. Ademais:
- 1 como fazer máscara de tecido;
- 2 como fazer cadastro do auxílio emergencial;
- 3 cadastro único 2020 como fazer;
- 4 como fazer álcool gel;
- 5 como fazer álcool em gel.
Assim, mesmo aceita e reconhecida a interferência do período na conduta destes usuários da rede, este comportamento foi além. A prática de confecção manual foi comprovada como um comportamento histórico e em ascensão na realidade brasileira. E, isso pode servir como norteador para o trabalho de profissionais de marketing. Afinal, aponta tendências que colaboram para a compreensão deste cenário de pessoas mais autônomas.
Fatores que estimularam a cultura do faça você mesmo
Mais do que uma cultura, uma necessidade. Talvez sejam sempre as tais “coisas que faltam” que levam as pessoas a criarem. Por isso, é dever analisar os pontos da pandemia do coronavírus que impulsionaram ainda mais o perfil criativo dos brasileiros.
Isto aconteceu, inclusive, pelo fato de que muitos serviços sofreram restrições por não serem considerados essenciais, como serviços de estética, comércio de bens e de rua, e até mesmo de lazer.
Farmácias, supermercados, padarias, açougues, postos de combustíveis, distribuidora de água e gás e clínicas veterinárias de emergência são considerados essenciais. Além de empresas que produzem, distribuem e comercializam alimentos, produtos de higiene e de saúde.
A condição dos serviços essenciais não altera o fato de que devem evitar concentração de público. O campo é imenso, principalmente apontando aqueles que foram considerados essenciais a nível de país, conforme listagem abaixo:
- 1 Serviços estratégicos, como elétrico e petrolífero;
- 2 Atividades científicas relacionadas ao coronavírus;
- 3 Trabalho das advocacias públicas;
- 4 Serviços de assistência social;
- 5 Serviços de assistência à saúde;
- 6 Serviços de telecomunicação;
- 7 Serviços de internet;
- 8 Serviços de call centers;
- 9 Serviços de transporte de passageiros por táxi ou aplicativo;
- 10 Serviços de segurança;
- 11 Serviços de defesa nacional;
- 12 Serviços de defesa civil;
- 13 Trabalhos relacionados à fiscalização ambiental;
- 14 Trabalhos relacionados à fiscalização sanitária,
- 15 Trabalhos relacionados ao recolhimento de lixo;
- 16 Trabalhos relacionados ao tratamento de esgoto;
- 17 Trabalhos relacionados à distribuição de água;
- 18 Trabalhos relacionados à distribuição de energia elétrica;
- 19 Trabalhos relacionados à distribuição de combustíveis;
- 20 O funcionamento de mercados de capitais e seguros.
É importante pontuar ainda que, serviços de comunicação e alimentação, por exemplo, continuaram atuando com diversas restrições. Todos precisaram se ajustar às novas normas de cuidado. E vários ainda sofrem o peso da necessidade e reflexos desta adaptação.
Iniciativas empreendedoras, reinvenção perante a crise e mudança de comportamento que veio para ficar
Videoconferências para suprir as reuniões e pijama da noite anterior como código de vestimenta do trabalho. Do outro lado, empresas do mundo inteiro e diferentes segmentos precisaram digitalizar a operação em tempo curto, para implementar ferramentas como vendas online e trabalho remoto para os funcionários. O impacto pode ser observado, inclusive, no consumo:
- O tal pijama, chinelos e equipamentos de exercício, tiveram a procura aumentada pela conjuntura. Games, entretenimento e até itens de cozinha registraram algumas das maiores altas em buscas no Google desde que a quarentena começou. Os aparelhos para exercícios em casa, por exemplo, como equipamento de ginástica e musculação domésticos e tapete fitness, triplicaram. Produtos como bicicleta ergométrica e esteira também viram as buscas dobrar.
- A mesma pesquisa a partir de ferramentas do Google dizem mais sobre a quarta semana da quarentena. Termos relacionados a máquina de costura e máquina de lavar louças também cresceram, com altas de 64% e 22%, respectivamente. Na segunda semana pesquisada, a alta nas buscas por máquina de pão, que subiu 72% naquela semana, já havia ocorrido;
- Já os itens de mercado tiveram alta acima de 8% desde a primeira semana da quarentena, e explodiram na quarta semana, de 4 de abril, quando as buscas subiram 43%. Aqui cabe o adendo do medo que permeou a rotina das pessoas. Móveis de escritório também foram bastante buscados neste período, com crescimento superior a 48%;
- As categorias não tiveram só alta nas buscas, mas também nas compras. De acordo com dados da Compre&Confie, empresa de inteligência de comércio eletrônico, uma alta de 40% mostra esta subida. Conforme a mesma, em março, as compras pela internet diversas categorias foram elencadas. Entre elas, alimentos e bebidas, pet shop, esporte e lazer e instrumentos musicais. E, outra observação com a coleta destes dados é que, até então, são categorias historicamente pouco compradas online.
Por fim
É difícil comprovar, mas com certeza os dados apontam alterações de comportamento de grande parte das pessoas. A necessidade de sobrevivência, lazer e cultura, por exemplo, impactarão em toda a forma de relações entre pessoas e serviços. Entretanto, com isso, é sabido que os brasileiros estão cozinhando, se exercitando e jogando em casa. E isso tudo, mais do que antes, o que pode ser positivo. Se esta onda vai passar ou durar apenas na quarentena, não se sabe. Mas independentemente dos estímulos, é preciso que todas estas possibilidades sejam reconhecidas e comprovadas, e que, por fim, as pessoas façam elas mesmas e por si mesmas, mas façam.
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