Continuando a road trip Rota 20 Anos a bordo do Honda Civic ELX CVT, fui visitar as históricas cidades de Morretes e Antonina. Comecei meu percurso saindo de Porto Alegre até os incríveis cânions de Aparados da Serra, visitei Torres, no Rio Grande do Sul, segui para ver as baleias francas na Praia do Rosa e em Garopaba, curti as praias e restaurantes em Balneário Camboriú e escolhi como última parada desta jornada a cidade de Antonina. Não podia perder a chance de dirigir o Honda Civic na bela Estrada da Graciosa.
O caminho entre Antonina ou Morretes até Curitiba de trem é uma atração turística conhecida e famosa nessa região. Mas você não deve perder a oportunidade de dirigir e curtir o lindo visual da Estrada da Graciosa. Eu já havia feito este caminho e adorei refazê-lo.
Muito antes de virar estrada, este era o caminho que os índios usavam para ir do litoral ao planalto e onde achavam comida na Mata Atlântica.
Depois dos índios, foi a vez das carroças levarem erva mate e café para o porto. Até Dom Pedro II andou por lá.
Além dessa importância econômica, sendo o caminho para o porto de importantes mercadorias, o entorno da estrada tem preservado até hoje as nascentes de água e a Mata Atlântica. Cada quilômetro da estrada vale a pena ser apreciado.
Ao descer a serra, chega-se em Morretes. Minha sugestão é que você ande a pé pela cidade reparando nas construções históricas que estão bem conservadas. Ande também pelas margens do rio, que é um excelente lugar para fotografar.
Uma outra atração de Morretes é seu prato típico, o Barreado. Escolha um dos restaurantes que tenha uma vista linda do rio Nhundiaquara que corta a cidade e aproveite. Um desses restaurantes que eu conheci foi o Madalozo.
A história do Barreado é contada pelos senhores que servem no Madalozo. Um deles contou que, há mais de duzentos anos, os caboclos levavam produtos da lavoura até a vila e ficavam para almoçar.
Geralmente era servida uma carne cozida que gostavam muito. Eles levaram a ideia do prato para as fazendas onde moravam, e sempre que os patrões iam ver as plantações, eles serviam a carne, toucinho e muito tempero.
Eles deixavam a carne cozinhar por mais de 12 horas em panela de barro. Dessa forma, a carne ficava mole, desmanchando. Para evitar que a carne secasse depressa, amarravam a boca da panela de barro com uma folha de bananeira, depois colocavam a tampa e a barreavam com um pirão de farinha de mandioca, cinza e água, o que deu origem ao nome “Barreado”.
Depois de ver as construções históricas e comer o barreado, veja também os artesanatos e ande pelas barracas da praça central, onde o pessoal de Morretes vende ótimas balas de banana e uma farinha famosa.
Se você tiver mais tempo, as demais atrações ficam no rio. Tem um passeio de gôndola ou um mais radical de boia nas corredeiras.
Agora que já tem todas as dicas de Morretes, não deixe de ir para Antonina que foi onde eu escolhi ficar.
Antonina fica a apenas 14 quilômetros de Morretes e recebe menos turistas do que a vizinha nos finais de semana. A cidade é charmosa, tem muita história também e ainda é banhada por uma baía belíssima.
A cidade chama atenção com suas construções históricas coloniais bem preservadas, que contrastam com ruínas de antigos armazéns em frente a baía, perto do porto e da estação de trem. Tudo isso é uma tentação para quem gosta de fotografia como eu.
Por isso, eu preferi ficar na pacata Antonina.
A igreja é localizada no marco zero da cidade e como fica no alto, em volta dela você tem uma vista maravilhosa da Baia de Antonina.
Além das caminhadas e fotografias é possível fazer rafting no rio Cachoeira ou escalar o Pico do Paraná.
Se você gostar da minha sugestão de conhecer essa linda cidade histórica do Paraná, saiba que o carnaval é famoso e concorridíssimo. E seu Festival de Inverno está consolidado no calendário da região. Então o inverno é uma época bem interessante de conhecer a cidade e aproveitar, além das atrações normais, a programação do festival.
Onde ficar?
Na cidade de Antonina, me hospedei no hotel Camboa Capela, que está localizado em um dos melhores lugares para iniciar uma caminhada para curtir a cidade. Bem em frente a ele fica a Igreja da Matriz de Nossa Senhora do Pilar.
O hotel é muito charmoso e bem decorado. Alguns quartos tem uma linda vista para a baia. Os funcionários são bastante simpáticos e podem te ajudar a organizar passeios e atividades como o rafting.
Onde Comer?
Fica difícil de te indicar restaurantes em Antonina porque os dois mais recomendados, o Le Bistrot e o Cantinho de Antonina, que fica no mercado municipal, estavam fechados no meio da semana quando eu estive lá.
Mas consigo te falar de um boteco/restaurante chamado Brisa do Mar super famíliar onde a mãe cozinha e os filhos atendem. O que é legal desse boteco é o fato de poder se misturar com o pessoal da cidade, além da hospitalidade e atendimento.
O Brisa do Mar tem um cardápio eclético, com peixe, carne, frango, barreado e sanduiches. Mas, além disso, o pessoal te pergunta se quer algo que não está lá que eles fazem. Eu sentei nas mesas de fora e fiquei curtindo a rotina do final do dia dos moradores de Antonina. Foi uma delícia.
Como Chegar às cidades Antonina e Morretes?
Morretes fica a 72 km da capital Curitiba e Antonina a apenas 15 km.
Saindo de Curitiba pela BR-116 rode 32 km depois pegue a linda estrada da Graciosa que tem uns 20 km. Depois da Graciosa pegue por 14 km a Rodovia Mario Marcondes Lobo até chegar a Morretes.
Na BR-116 redobre o cuidado com os caminhões, são muitos, alguns lentos carregando containers.
Para chegar em Antonina, pegue a rodovia Deputado Miguel Bufara por 15 km.
Esse post faz parte da road trip #Rota20anos que me levou de #DeHondaPeloBrasil.
Acompanhe!
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