Sempre que conseguimos acrescentar história e educação à experiência de viajar com as minhas filhas a viagem a fica mais completa. E foi isso o que planejamos para Manaus e conseguimos ir muito além das belezas naturais da região.
Fomos conhecer o Museu do Seringal para entender a época em que o ciclo da borracha fez com que Manaus fosse uma das cidades mais ricas do mundo e a mais rica do Brasil.
O museu e, principalmente, o Casarão do seringalista é a reprodução da casa do barão que ficava a 500 quilômetros de Manaus nos tempos áureos do ciclo da borracha. O espaço foi reproduzido fielmente e a casa foi construída para a gravação do filme A Selva, de 2002.
Fizemos um tour guiado conduzido por um senhor que viveu o final dessa época e nos contou histórias que são de arrepiar.
Ele começou contando que o barão só tomava água francesa e que toda sua roupa era lavada e passada na Europa, além de outras curiosidades do modo de vida do português todo poderoso.
O luxo, as regalias e a ostentação do barão contrastam com as condições de escravidão em que eram submetidos os nordestinos “recrutados” para extração do látex no meio da selva. A história é forte e contada com rancor e indignação por aquele senhor que com toda razão não esquece das atrocidades cometidas com esse pessoal que trabalhou em péssimas condições na floresta.
Foi difícil de explicar para as meninas os motivos de tantos maus tratos com os trabalhadores, mas fácil de imaginar porque a borracha valia tanto na época.
O tour passa pela casa do barão que é interessante por ter as louças, piano, quarto e escritório muito bem preservados. Depois passamos no barracão dos aviamentos onde os trabalhadores trocavam 50 quilos de borracha produzida em uma semana por um pouco de comida e café. O tour ainda passa por uma pequena capela, a sala de banho da filha do barão e uma outra barraca onde a borracha era defumada.
Um ponto alto para quem estava pensando em ensinar os filhos sobre o ciclo da borracha foi ver na prática como se retirava o látex da seringueira.
Quando estiver em Manaus, reserve uma manhã para fazer esse passeio que pode ser feito junto com o do encontro das águas, o da aldeia dos índios ou com o dos botos.
Horário de Funcionamento
De domingo a domingo, das 09h às 16h.
Ingressos – R$5,00 (pode ser comprado na hora)
Endereço e contato
Igarapé São João – Afluente do Igarapé do Tarumã Mirim (Zona Rural).
Acesso: Somente por via fluvial (barco: De 25 a 30minutos)
Dá para pegar uma lancha privativa como nós fizemos ou ir até a Marina do David, no final da Estrada da Ponta Negra, e usar uma lancha táxi.
Veja nossas dicas de Manaus e da Amazônia abaixo:
Veja também Onde Comer em Manaus aqui https://bit.ly/2DzsAUJ
O ótimo Hotel de Selva que ficamos https://bit.ly/2BiqHuOJuma
Saiba onde ficar em Manaus https://bit.ly/2DZ6qcm
Veja como visitar os Índios na Amazônia, perto de Manaus https://bit.ly/2BitO1H
Museu do Seringal em Manaus
RELATED ARTICLES