A Nuit Blanche em Toronto é uma noite inteira dedicada à arte. Assim, desde a hora que escurece até a hora que o sol nasce, milhares de pessoas disputam as filas nas ruas da cidade para apreciar cerca de 60 projetos de artistas renomados do mundo todo. Esse ano, o foco foram os artistas da América Latina. Eu tive a oportunidade de curtir essa noite especial e vou contar para vocês!
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Os projetos ficam espalhados pelo centro da cidade ou pelo centro expandido assim como costumamos dizer em São Paulo.
Entretanto, não são todos os projetos que os interessados precisam ficar na fila para ver, mas alguns são mais concorridos. Certamente, os mais interessantes.
Confira nossa experiência no Nuit Blanche!
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Começo contando de um dos que eu mais gostei, do talentoso artista francês JR. A instalação chama-se “Eye of the Bridge”, isto é, traduzindo ao pé da letra significa “Olhos da Ponte”. Trata-se, portanto, de uma projeção imensa de olhos em uma ponte no centro de Toronto. Os olhos piscavam, tinham expressão, deram vida à ponte. Uma ideia incrível! Fiquei alguns minutos apreciando a obra e mais alguns reparando na reação das pessoas que chegavam perto.
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Nesse ínterim, andei mais um pouco e, em seguida, logo em frente à prefeitura de Toronto, avistei o projeto que considero a estrela do Nuit Blanche de 2015. Do mesmo artista, o JR, o projeto chamado “Inside Out”.
Além disso, o mais interessante desse projeto foi que quem estava nas ruas de Toronto pode fazer parte dele. A ideia do artista, antes de mais nada, foi fazer milhares de fotos enormes que eram tiradas dentro de caminhões que, surpreendentemente imprimiam as imagens logo de imediato. Foi o que eu fiz. Passei um dia antes do Nuit Blanche na praça onde os caminhões estavam parados e, com isso, fiz o meu enorme retrato. Além de você ver o seu rosto muito grande impresso, que já é legal, a imagem fez parte de uma espécie de mosaico, que foi a obra do artista.
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O JR foi o artista que mais me surpreendeu nessa edição da Nuit Blanche. Além desses dois que comentei acima, gostei do projeto “Les Bosquets”, uma projeção da demolição de um prédio da periferia de Paris foi feita na fachada de um prédio antigo de Toronto. Fiquei boquiaberto pela ideia e pelo impacto das imagens.
Ainda, andando mais pela cidade, pude ver o projeto chamado “Glaciology” em que membros do Anandam Dance Theatre se arrastavam pelo chão das ruas simulando um glaciar humano. Essa obra deixou clara a pluralidade e, desse modo, a diversidade das obras.
Além disso, uma outra obra que eu achei bem diferente foi a “Hit”. 3 pessoas batiam microfones dentro de uma enorme caçamba de caminhão branca e iluminada.
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O “The Black Cloud”, instalado na The Power Plant de Toronto, me impactou pelo resultado de mais de 30 mil de borboletas pretas de papel. O projeto do mexicano Carlos Amorales impressionou pelo efeito das milhares de borboletas nas paredes.
Alguns artistas quiseram passar um recado mais direto. Foi o caso do projeto sem nome da artista cubana Tania Bruguera, que fez uma votação para saber quem era a favor da extinção das fronteiras entre países. De madrugada, a hora que eu passei pelo projeto, ela estava por lá e bem desapontada pelo resultado da votação até o momento. Cerca de 55% dos votos não era a favor do fim das fronteiras.
Outro projeto que chamou atenção para um problema que o mundo todo sofre foi o “There is no away” dos canadenses Sean Martindale e do JP King. Eles fizeram uma enorme estrutura de lixo lembrando que tudo o que consumimos precisa ir para algum lugar, mas que na realidade não há outro lugar além de nosso planeta.
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Foi uma noite para lá de divertida e muito gostosa pelas ruas de Toronto. Nem o vento gelado me fez sair das ruas antes das 2 da manhã. Mesmo andando por mais de 4 horas não dá para ver tudo. Ai fica aquela curiosidade e uma certa expectativa para o ano que vem.
Se você gosta de arte, programe sua viagem para Toronto para acompanhar a Nuit Blanche 2016. Dou mais detalhes aqui no blog assim que o calendário for divulgado. Acompanhe!
Marcio viajou a convite do Turismo de Toronto.
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