No post de hoje o Thiago nos conta sua viagem para Europa. Como trabalhou na Irlanda e deu uma bela rodada pela Europa gastando 50 euros por dia.
Tudo começou quando meu pai faleceu de repente e eu não conseguia mais suportar a ideia de viver na mesma casa e ver a presença dele em todo canto e cômodo. Decidi pedir demissão do emprego, juntei minhas economias, algo em torno de 16 ou 20 mil reais, e fui para Europa. Até então não sabia muito que eu queria fazer e não tinha nada programado.
Fiquei um mês numa república em Dublin, na Irlanda e logo depois consegui alugar um apartamento. Um amigo que eu conheci na república me indicou para um trabalho numa empresa que terceirizava serviços de segurança privada. Mas, como meu visto só tinha duração de seis meses, eu só poderia trabalhar part-time. Mesmo assim, foi uma experiência super bacana e durante os seis meses consegui guardar cerca de 5 mil euros.
Quando o meu visto venceu, consciente de todos os riscos que eu corria, decidi viajar pela Europa com o dinheiro que eu tinha economizado. Primeiro fui para Barcelona, a cidade que eu considero a mais barata para se comer e hospedar. Embora com a crise atual, acho que vale pesquisar como está essa realidade. Eu usei Barcelona como uma espécie de quartel fixo. Durante os próximos quatro meses eu viajei para diversos países, mas sempre retornando a Barcelona nos intervalos. Na Espanha só conheci Barcelona e Madri, são cidades lindíssimas que merecem ser conhecidas. Os espanhóis são super simpáticos e ficam interessadíssimos em falar sobre o Brasil. No entanto, posso dizer que de todas as cidades que conheci na Europa, Barcelona foi a melhor. Amor eterno mesmo.
Na Holanda, conheci Amsterdã. É incrível andar pela rua Red Light e ficar embasbacado como a prostituição é legalizada e as pessoas a aceitam sem nenhum problema. Mas um lugar muito legal que conheci e que acho que todos se lembram quando pensam na cidade é a casa da Anne Frank. É realmente muito emocionante sabe que aquela história que todo mundo conhece aconteceu naquela casa, naquele porão.
Depois conheci, pela ordem, França, Mônaco, Bélgica, Portugal, Noruega, Dinamarca, Suécia e Alemanha.
Da Espanha fui pra Montpelier de trem e aluguei um carro, fiz todo o sul da França acampando, fui até Mônaco e depois subi até Paris.
De Paris fui com o trem bala até Bruxelas, na Bélgica. É uma São Paulo, só que menor e bem mais desenvolvida.
Portugal é linda! Quando fui para o Porto, paguei apenas 4 euros, conheci todo o processo de fabricação dos vinhos e fiz degustação. Saí um pouco alterado dessa degustação.
Na Noruega, confesso que não gostei muito. Quer dizer, acho que de todos os lugares que passei foi o que menos gostei. Mesmo assim, interessante a arquitetura da Casa da Opera.
De lá, fui de navio até a Dinamarca. E eu me apaixonava em cada esquina. Tenho que dizer que de todos os lugares que eu conheci, foi o lugar onde achei as pessoas mais bonitas. Uma das cenas mais bonitas que eu vi foi 20 mulheres lindas, todas produzidas, indo de bicicleta para a balada. Algo que não se vê muito em São Paulo.
Na Suécia conheci um dos lugares mais legais da viagem toda, a ilha de Djugarden. Tem um parque e um museu que conta a historia de um naufrágio que aconteceu muito tempo atras, de um navio que afundou depois de vinte minutos que saiu do porto. Eles recuperaram partes do barco e levaram pra esse museu e reconstruiram os rostos dos marinheiros em cera
Em Berlim, na Alemanha, a cidade é um museu ao céu aberto então você pode andar por ela e conhecer toda a história sem precisar entrar em museus propriamente ditos. Mas, é claro que fazer essa rota de passeios também é super legal.
Foi uma viagem de mochileiro, no aperto, gastando em média 50 euros por dia, e por conta própria, pesquisando o que eu queria fazer e saindo sozinho na rua. Mas, acho que não poderia ter conhecido tão bem esses países se fosse de outra forma. Eu tive liberdade de andar na rua, de transporte público, de me perder (Porque até se perder é legal, acredite, você conhece ainda mais a cidade).
Quando voltei para o Brasil, não tem jeito, dá saudade e vontade de fazer tudo de novo. Por isso que já estou me programando para as férias em maio. Londres, aí vou eu!
O Thiago Lanna tem 26 anos, é publicitário e contou a sua história de viagem aqui no www.ajanelalaranja.com.
E você, quer contar sua viagem para nós? Mande sua viagem para [email protected]
Valeu Thiago!