Pois é, o visto de nômade digital para estrangeiros na Itália será uma realidade no país. Tudo indica que as pessoas que moram em outros países e que estão interessadas em se tornarem nômades digitais terão, em breve, a possibilidade de trabalhar por lá.
E claro, isto com um visto específico para essa atividade. Recentemente, o governo da Itália anunciou que planeja fazer um investimento de 1 bilhão de euros. A intenção é atrair nômades digitais para trabalhar remotamente na Itália.
O Congresso italiano aprovou uma lei que vai facilitar que os imigrantes consigam trabalhar com o visto de nômade digital para estrangeiros na Itália. Na semana passada, os legisladores assinaram relatórios para a concessão do chamado visto Schengen. Tal permissão permite que os residentes em outros países permaneçam em um período de até 90 dias (que pode ser estendido para 180). Isto para fins de turismo, visita familiar, negócios, trabalho sazonal, trânsito, entre outras atividades.
No entanto, para a proposta entrar em vigor, é necessário que o governo italiano elabore um projeto. Este precisa regulamentar as diretrizes para que os estrangeiros possam exercer suas atividades no país italiano. Seja como for, a possibilidade do visto de nômade digital para estrangeiros na Itália é bastante promissora.
De acordo com o deputado Luca Carabetta, do Movimento Cinco Estrelas, isso deve ser feito o mais rápido possível: “Estamos felizes por ter aprovado a proposta, mas também estamos cientes dos próximos passos. O governo tem que trabalhar em um novo projeto de lei para implementar a lei, definindo todos os procedimentos e detalhes”, destacou o parlamentar, em reportagem publicada no site schengenvisainfonews.
Com o visto de nômade digital para estrangeiros na Itália, governo pretende investir em cidades rurais
Com a aprovação do visto Schengen para imigrantes na Itália trabalharem como nômades digitais, o governo local pretende estimular o desenvolvimento de pequenos municípios situados na zona rural. Ainda de acordo com o deputado Carabetta, existe uma articulação em andamento com o Ministério das Organizações Exteriores. O seu objetivo é materializar essa ação ao longo dos próximos meses.
São cerca de 2 mil cidades que devem receber investimentos em tecnologia para dispor de condições de receber os imigrantes. De acordo com a organização agrícola Coldiretti nas zonas rurais, apenas 75% das famílias têm acesso à internet atualmente no país italiano.
Existem uma série de pequenos vilarejos que integram planos de desenvolvimento implantados na Itália recentemente e que podem estar incluídas no projeto de atração de nômades digitais. Alguns deles estão localizados na região da Calábria, conhecida por suas ruínas históricas, montanhas e praias.
As cidades de Civita, Samo e Precacore, Aieta, Bova, Caccuri, Albidona, Sant’Agata del Bianco, Santa Severina e San Donato di Ninea, estão oferecendo uma quantia de até 28 mil euros – o equivalente a cerca de R$ 167 mil – para as pessoas que quiserem residir na região. O objetivo é estimular a chegada de novos moradores para que essas comunidades não desapareçam no futuro.
Segundo reportagem publicada pelo O Globo, o candidato aprovado pode receber uma renda mensal que varia de 800 a mil euros. Isto por um período de dois a três anos. Além disso, existe a possibilidade do candidato receber financiamento para a montagem de um empreendimento. Este pode ser um restaurante, bar, loja ou qualquer outro negócio.
De acordo com o conselheiro regional, Gianluca Gallo, também estão sendo incluídas vilas com mais de 3 mil habitantes. “Tivemos até agora um grande interesse das aldeias e, esperançosamente, se este primeiro esquema funcionar, é provável que haja mais nos próximos anos. O objetivo é impulsionar a economia local e dar uma nova vida às comunidades de pequena escala”, afirmou Gallo.
Ainda conforme o Globo, cerca de cerca de 75% das cidades da Calábria, cerca de 320 município – contam atualmente com uma população menor que 5 mil habitantes.
Diversos países europeus já aprovaram a concessão do visto de nômade digital
A concessão do visto de nômade digital para estrangeiros na Itália segue uma tendência que está ocorrendo em diversos países europeus após a deflagração da pandemia de coronavírus. O objetivo é ajudar seus setores econômicos a se recuperarem dos danos causados pela pandemia.
Até agora, são vários os países europeus que lançaram seus vistos de Nômades Digitais. Entre eles estão Hungria, Espanha, Romênia, Portugal, Alemanha, França, Malta, Croácia, Estônia, Grécia, Malta e República Tcheca.
O Ministro do Turismo da República Helénica, Vassilis Kikilias, anunciou que o país chegou a um acordo com a Visa, (cooperação que facilita fundos e transferências eletrônicas em todo o mundo). O objetivo é trocar dados de transações entre o Ministério do Turismo da Grécia e a Visa. Isso contribuiria para a atração de novos nômades digitais.
Em janeiro, a Espanha também anunciou que planeja lançar o visto de nômade digital para atrair trabalhadores temporários na Espanha. Eles podem atuar em paralelo ao trabalho desenvolvido em empresas localizadas fora do país.
Anteriormente, a Ministra de Assuntos Econômicos da Espanha, Nadia Calviño, enfatizou que “o visto de nômade digital atrairá e reterá talentos internacionais e nacionais, ajudando trabalhadores remotos e nômades digitais estabelecidos na Espanha”.
Em janeiro deste ano, reportagens da mídia local revelaram que o governo da Romênia também começou a implementar o visto nômade digital para estrangeiros que desejam morar na Romênia enquanto trabalham remotamente para empresas e clientes localizados em outros países.
Mas o que significa ser um nômade digital?
O termo nômade digital ficou ainda mais presente na mídia após o período mais crítico da pandemia do coronavírus. Face à impossibilidade de trabalhar presencialmente, muitas pessoas buscaram métodos alternativos de exercer as atividades profissionais, principalmente de forma remota. Assim, amplia-se um ramo que já apresentava franco crescimento mesmo antes da pandemia.
Agora, com a normalização das viagens em praticamente todo o mundo (exceto para os países da Rússia e Ucrânia, em função do conflito que ocorre entre as nações), a atividade está mais em alta do que nunca. Conforme explica Iza Dezon, expert em tendências e fundadora da Dezon (empresa de consultoria estratégica, criativa e colaborativa), a pandemia ensinou as pessoas a valorizarem formas diferentes de realizar as atividades de trabalho.
“As pessoas estão esperando muito pelo momento de saírem de casa, respirar ar fresco, dado todo o momento que passamos. E muitos perceberam que é possível trabalhar fora do escritório, algo que era muito difícil de acontecer antes”, destacou ela, ao site Consumidor Moderno.
Conforme aponta um relatório relatório de tendência da Euromonitor International, a busca por lugares ao ar livre é vista como prioridade neste início de período pós-pandemia. De acordo com o levantamento, a pandemia alterou para sempre o comportamento dos consumidores, seja a forma e onde gastamos o nosso dinheiro.
Ainda de acordo com o site Consumidor Moderno, o Airbnb, empresa que facilita o aluguel de espaços em todo o mundo, registrou um aumento significativo no número de pesquisas por lugares situados próximos à natureza. Assim, o visto de nômade digital para estrangeiros na Itália e em outros países são cada vez mais relevantes.
Novo sistema para circular nos países da UE deve entrar em vigor até o final do ano
Além do visto de nômade digital para estrangeiros na Itália, há um outro ponto importante. A partir do final de 2022, as pessoas que têm condições de ingressar sem visto nos países do Schengen. O benefício ocorre por conta do Programa de Isenção de Visto, passam a precisar de um ETIAS (Sistema Eletrônico para a Autorização de Viagem). Este novo sistema foi criado pela Comissão Europeia visando aprimorar a segurança das fronteiras internas da União Europeia. Será um documento válido para ter acesso à Itália e ao resto do Espaço Schengen.
O ETIAS para Itália não é um visto, e sim, um sistema de registro e verificação que torna mais fácil para as autoridades do Schengen a conferência da identidade dos cidadãos de países-terceiros que cruzam as fronteiras externas do Espaço Schengen. Isso significa que o ETIAS não vai afetar o status das nacionalidades que são dispensadas de visto.
Hoje, porém, ainda vale o visto Schengen é uma espécie de permissão concedida por um Estado Membro da União Europeia. A sua finalidade é de escala aeroportuária, trânsito ou intenção de estadia de curta duração. Com o documento, é possível circular livremente pelos países da União Europeia. Os países que pertencem ao Espaço Schengen são: Áustria, Bélgica, Luxemburgo, Holanda, Alemanha, França, Espanha, Portugal, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Lituânia, Letónia, Estónia, Polónia, Eslováquia, Hungria, Eslovénia, Itália, Grécia, República Checa e Malta.
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